A farinhada em Bombinhas engloba todo o processo que envolve a colheita da mandioca, sua ralação, prensagem e torração para produzir farinha. Esta prática artesanal começou com os índios locais e foi adaptada pelos colonizadores açorianos. Além de alimentar, a farinhada promove a troca de experiências e vivências entre as famílias.
O processo inicia com os bois sendo levados ao carro para ir à roça de mandioca. Posteriormente, a mandioca é trazida para o engenho, onde ocorre a raspagem. Durante esse momento, há cantorias, brincadeiras e contação de “causos”. Após a prensagem da massa de mandioca para retirar a água, ela é desfeita e peneirada. O polvilho é obtido da água e a massa é utilizada para produzir beijú e cuscuz. Finalmente, a farinha é torrada.
Atualmente, Bombinhas possui sete engenhos de farinha em funcionamento, mantidos por famílias tradicionais. Eles operam nos meses sem “r” no nome: maio, junho, julho e agosto, época de colheita da mandioca nas poucas roças remanescentes.
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